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segunda-feira, 25 de abril de 2011

O mistério de Jundiaí

Por: Daniel Tavares Da Silva - 7ª A 
São Paulo/SP
Abril de 2011

O mistério de Jundiaí
                Agora serão narrados os misteriosos fatos ocorridos na cidade de Jundiaí em 1945.
                Tudo começou no dia 7 de novembro, quando André Santos – ajudante de detetive – leva uma queixa do desaparecimento de Neide Gomes; o pai da vítima dá o seguinte depoimento:
                “Minha filha se queixava de dores e foi ao hospital há dois dias, mas até agora não retornou e nenhum hospital tem notícias dela.”
                Ao ouvir isso, o “líder” Carlos Silva, diz meio tenso:
                “Bom, meu caro André, temos uma missão em mãos, se assim posso dizer. Vamos iniciar nossa busca agora mesmo.”
                “Carlos, não acha que seria prudente rever os hospitais em busca da Srta. Gomes?”
                “Está completamente certo, André, vamos começar pelo Hospital Nova Vida.”
                Chegando lá, dão as informações, mas os funcionários não sabem sobre a vítima, por isso resolvem entrar e procurar pistas, mas nada é diagnosticado.
                Realizam os mesmos procedimentos em outros hospitais, mas não obtêm resultados; então resolvem buscar testemunhas nas ruas, e um sujeitinho asiático, meio perplexo e assustado testemunha:
                “Neide Gomes? Seria a moça que se queixava de dores?”
                “Exatamente.” – confirma Carlos.
                “Ela foi encontrada morta com um grande rombo no peito e muito sangue, teve o coração roubado.”
                “Onde se encontra a vítima?”
                “Se o senhor for rápido pode chegar ao km 51 da Via Anhanguera antes da polícia.”
                “Sou da polícia, obrigado pelas informações.”
                Ao chegar ao local, o corpo já havia sido retirado, mas pode-se notar vestígios, como um velho caderninho e a poça de sangue.
                “Veja o caderninho, Carlos, vamos ler e verificar uma possível pista.”
                “Não, André, primeiro precisamos encontrar o corpo” – explica Carlos – “vamos à delegacia para nos informarmos.”
                Quando chegam, são deparados com outra, missão, que os policiais dão:
                “Senhores André e Carlos, temos outra vítima, que dessa vez perdeu o sangue e os pulmões.”
                “Qual o nome? Foi deixada alguma pista?” – pergunta Carlos.
                “A vítima se chamava João Chaves, foi coletada essa folha de caderno” – conta o policial – “será enterrada no cemitério central em pouco tempo.”
                “Nós vamos até lá” – diz André.
                Quando chegam, André reconhece na hora o defunto, era o pai de Neide, que deu a queixa do desaparecimento; mas o que deixa dúvidas é a diferença de sobrenomes, porém Carlos resolve sentar e ler anotações do caderninho:
                “Não se abale, meu caro, precisamos acabar com as mortes; vamos ler: ‘Eu sabia do assassino, mas foi necessário sair de casa; antes de morrer, pude escrever isso, e eu vi o tesourão do Dr. Maurício chegando, tirando meu coração para..."; Neide faleceu antes de terminar, mas já sabemos um suspeito.”
                “Ouviu esse estrondo?!” – André se assusta com certo barulho.
                Ao encontrar o ambiente do qual veio o barulho, uma sepultura está aberta e os caixão “desaparecidos”.
                “Carlos, leia a folha do Sr. Chaves.”
                “Ok. Aqui diz o seguinte: ‘um casarão ao fim da trilha da Mata...'; deve ser o ‘endereço’ do Dr. Maurício, vamos até lá, conheço a entrada da trilha.”
                “Ficou maluco?! Ele vai roubar meus rins e seu fígado!”
                “É um risco que se corre, mas não podemos deixá-lo fazendo mais vítimas.”
                “Concordo contigo, pegue as armas.”
                “Já tenho dois revólveres comigo e munição.”
                Carlos entrega um revólver a André e começam a seguir o caminho.
                Quando estão no meio da trilha, começam ao ouvir gritos de socorro vindos do casarão, e começam a chegar alguns humanóides magrelos e semi-eretos, em postura de ataque; André grita:
                “Atire!” – dizendo isso, começa a atirar nos “bichos” feios e cabeludos, que morrem.
                “Boa pontaria, parceiro.” – Carlos o elogia – “vamos, parece ser uma criança gritando.”
                Os detetives se apressam em chegar, mas quando pisam no terreno do casarão, os gritos cessam; espantados, arrombam a porta com dedo no gatilho e descem ao porão; lá, encontram o misterioso Dr. Maurício com um defunto gigante e uma criança com a cabeça aberta ao lado, em uma mesa cirúrgica.
                “Boa tarde, cavalheiros, desejam doar algum órgão?” – diz o doutor, com ironia.
                “Vou doar é uma bala na sua cabeça!” – exclama André.
                “Ora, policial, eu vou comandar a cidade, com a ajuda de meu filhão” – enquanto fala, liga uma máquina conectada ao grande defunto – “agora, minha arma irá acordar, e devorá-los como um prato de comida.”
                Ouvindo isso, a dupla começa a atirar, mas é inútil, havia um escudo transparente em torno da área de serviço do Dr. Maurício.
                “Adeus, Scooby-Doo e Salsicha.”
                Após a audácia e ironia do doutor, o “defunto” com mais de 3 metros de altura acorda e quebra o vidro de proteção, muito furioso.
                “Vou batizá-lo de Santos Silva, em homenagem ao seu primeiro alimento.”
                “Carlos, tive uma idéia, o caderno, dê a ele, é uma criança!” – André dá uma piscada.
                “Quer um presente, filho?” – Carlos pega o caderninho e mostra a Santos Silva – “eu lhe dou”.
                O monstro faz sinal de positivo, pega o caderninho e faz uma vênia, como se dissesse: “estou ao seu dispor”.
                “Malditos sejam!” – o Dr. Maurício surtava de raiva – “Santos Silva, como pode me trair?!”
                “Doutor, ele é uma criança, fica grato com simples presentes” – explica Carlos – “mas os senhor não gostaria de...”
                “Chega!” – ele se irrita, e pega algumas armas – “Hasta La vista, baby!”
                “Santos Silva, mate-o!” – grita Carlos para o monstro.
                Ele não teve piedade, quebrou todos os ossos de seu criador com seu peso, e logo em seguida, arrancou seus órgãos e os devorou, e de “sobremesa”, bebeu todo o sangue.
                “Agora, meu filho, vamos...” – André é interrompido por um grito de fúria do monstro.
                Ninguém contava com que caçar liberava um extinto selvagem assassino.
                “Veja o que fez Carlos!” – André julga, enquanto recuavam – “era bem melhor ter uma morte rápida, com a arma nuclear.”
                “Já sei! Pegue a arma enquanto eu o distraiu” – murmura para André, e logo depois provoca o monstro – “está olhando o que, touro humanoide? Quer levar chumbo na fuça?” – o monstro dá um grito de fúria – “rápido André"!
                “Hey, zumbi gigante!” – o monstro se vira, furioso – “Hasta La vista, baby!” – dizendo isso, André dispara energia radioativa, matando a criatura na hora.
                Lágrimas corriam entre os olhos de Santos e Silva, que disseram algumas palavras:
                “Cumpriu-se a sentença, Santos Silva encontrou-se com o único mal irremediável” – tiveram um momento de silêncio para contemplar os poucos instantes que passaram junto à pobre e irracional criatura.
                A casa foi toda explorada para encontrar um possível refém ou algo roubado, mas foi encontrado apenas um caderno de anotações meio mofado, que explicava as teorias e experimentos do Dr. Maurício, muito complexos para citar aqui, mas há uma anotação relevante, que André leu:
                “Achei esta nota muito interessante: ‘Se você está lendo isso, é porque estou morto; se foi morte natural, deixe meu corpo apodrecer, jogado em um lugar qualquer. Lhe parabenizo se conseguiu me assassinar, e gostaria de lhe honrar com meu casarão, laboratório, teorias e experimentos e com minha fortuna de 10 milhões de cruzados’; acha que devemos contatar à polícia?”
                “Tudo correu bem...” – diz Carlos – “vamos fazer daqui nossa sede.”
                Carlos Silva e André Santos resolveram o mistério e contaram que o assassino veio a falecer, e fizeram do casarão sua sede oficial.

Da Silva, Daniel Tavares, O mistério de Jundiaí, São Paulo, 2011

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